De acordo com o Ministério da Justiça, combate ao desmatamento, agora, seguirá uma estratégia policial

A frase do ministro da Justiça, Anderson Torres, dá o tom. “É uma estratégia policial de combate ao crime. Não tem segredo, a gente vai atuar com um volume de policiais fazendo uma atividade preventiva e repressiva.”

A iniciativa de trocar os militares que atuavam contra o desmatamento na Amazônia pelos policiais, conforme relata o Valor, vem na esteira de novos números negativos sobre a destruição da floresta do sistema PRODES, do INPE. Com a mudança, agora, operações policiais “para desmantelar o crime realmente como ele tem que ser desmantelado” serão feitas com mais frequência, afirmou Torres.

Nos bastidores, antes da comunicação oficial feita pelo ministro da Justiça em parceria com a pasta do Meio Ambiente, o ministro Joaquim Leite havia dito que trabalha com a hipótese de reduzir em até 20% a destruição da Amazônia nos próximos meses. O titular do ministério do Meio Ambiente voltou a se esquivar quando perguntado se o atraso na divulgação dos números do desmatamento da Amazônia ocorreu para que a imagem do Brasil durante a COP26 não ficasse ainda mais arranhada.

Em tempo: BBC Brasil e g1 mostraram a repercussão internacional da alta de 22% no desmatamento na Amazônia. Financial Times, Guardian, NY Times e Washington Post deram destaque ao fato do índice ser o maior desde 2006. Já a Reuters observou que esses números devem intensificar a pressão internacional sobre o governo Bolsonaro, especialmente depois de suas promessas de proteção florestal feitas durante a COP26. Associated Press, BBC e Wall Street Journal também destacaram a notícia.


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