Na reta final da COP, aumentam as dúvidas sobre sucesso prático da Conferência
A expressão usada por Alok Sharma, presidente da COP26, não deixa margem para dúvidas. Os negociadores, segundo ele, têm uma “montanha para escalar” até sexta-feira, se o objetivo for de fato fechar um acordo ambicioso para o clima do planeta.
Até agora, no rascunho do documento final que deve ser assinado por quase 200 nações, o que se vê não gera muita animação. De acordo com o Estado, o texto cobra os governos nacionais a apresentarem, até o fim de 2022, metas mais ambiciosas de corte de emissões de gases de efeito estufa até o fim da década. O documento também pede que os países eliminem, de forma gradual, os subsídios a carvão, petróleo e gás.
O documento não traz avanços significativos no financiamento climático, um dos pontos mais importantes da agenda política da COP. O texto pede por um aumento dos recursos disponibilizados para ação climática nos países pobres, mas não define um cronograma para tanto, nem uma nova meta financeira coletiva. Outra ausência é a dos mercados de carbono: o texto proposto não traz nenhuma novidade na regulamentação do Artigo 6 do Acordo de Paris. UOL e Valor também repercutiram os principais pontos da proposta de decisão para a COP26. O texto também foi destacado por veículos como Associated Press, BBC, Bloomberg, Climate Home, Financial Times, Guardian, NY Times, Reuters, Wall Street Journal e Washington Post, entre outros. Matt McGrath também fez um balanço dos principais pontos da proposta na BBC.
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