Para físico brasileiro, acordo sobre redução de metano é importante, mas é fundamental focar também no CO2

O acordo assinado em Glasgow para redução das emissões de metano, que contou com o apoio do Brasil, merece apoio, afirma o físico Paulo Artaxo, em análise publicada pelo PlenaMata. E, no caso do Brasil, a meta de 30% pode ser facilmente atingida pelas contas do cientista brasileiro.

O primeiro passo é melhorar a qualidade das pastagens, que pode contribuir com aproximadamente 20% do compromisso assumido. A segunda medida envolve baixar a produção de metano no rúmen do boi. Segundo Artaxo, testes promissores estão sendo feitos sobre isso tanto com algas marinhas quanto com alguns compostos químicos.

Apesar da redução de metano ser importante, o pesquisador da USP faz um alerta. O foco também tem que ficar no CO2. O impacto da redução de emissões de metano pode ser no máximo 0,2cC na temperatura média do planeta em 2050. Enquanto as emissões de CO2, no mesmo período de tempo, vão aquecer a atmosfera  em mais 0,6oC.


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