Observadores em Glasgow indicam a tendência de que o Brasil abandonará posições históricas, e retrógradas, sobre carbono
Os negociadores brasileiros estão apresentando uma postura mais flexível nas discussões diplomáticas oficiais que ocorrem em Glasgow, segundo relata O Globo. Apesar das reuniões serem a portas fechadas, observadores internacionais da sociedade civil podem sentir a temperatura das negociações em alguns momentos. De acordo com Alexandre Prado, diretor de economia do WWF Brasil, o que parece é que o Brasil está mais disposto a conversar. Outras pessoas que também acompanham de perto as conversas indicam que o Brasil deve ceder, até, em uma de suas principais reivindicações.
A posição brasileira, nos últimos anos, sempre foi a de barrar o combate à chamada “dupla contagem”. Na visão do governo, a obrigação de reduzir emissões nacionais não deveria aumentar se o país vendesse créditos de carbono e recebesse por estes.
Vários países defendem o contrário, por meio dos chamados ajustes correspondentes. Ou seja, um país que vende créditos precisará aumentar (ajustar) a sua própria meta para que a redução global de gases de efeito estufa faça sentido para todos. Afinal, o planeta é um só. Agora, parece que os diplomatas e representantes do governo federal estão trabalhando para garantir a contabilidade das emissões de carbono entre os países sem risco de uma possível dupla contagem.
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