Desmatamento da Amazônia deixa o país frágil nos debates internacionais sobre um planeta menos descarbonizado, afirmam editoriais d’O Globo e da Folha de S. Paulo

O Globo relatou os números divulgados pelo Imazon mostrando que o desmatamento da Amazônia em setembro foi o pior para o mês em dez anos – e no acumulado desde janeiro os dados também indicam o pior resultado na década com os 8.939 quilômetros quadrados já derrubados. Os dados fazem abrir uma “nova clareira na imagem do Brasil.” Segundo o editorial da publicação deste domingo (24/10), desde os compromissos assumidos na Cúpula do Clima, em abril, o governo Bolsonaro fez poucas ações práticas para combater o desmatamento. “Bolsonaro deveria saber que, para o mundo, uma única imagem de árvores fumegando na Amazônia conta mais do que mil promessas vãs na Cúpula do Clima”, diz o texto.

Na Folha, a imagem do Brasil, principalmente por causa da política ambiental do governo Bolsonaro, estará desgastada em Glasgow. O presidente, afirma o editorial, “destruiu a credibilidade angariada pela diplomacia e pela banda menos atrasada do setor empresarial em décadas de negociações”.

Sem voz forte nas negociações climáticas internacionais, ao contrário do que ocorria no passado, o Brasil perderá uma boa chance de obter recursos volumosos de reflorestamento, agricultura de baixo carbono e energia renovável, opina o jornal. “Jair Bolsonaro certamente desempenhará mais uma vez o papel de bufão no encontro de cúpula.”


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