Relatório do Projeto Monitoramento da Amazônia Andina (MAAP) mostra as perdas florestais que se concentraram no Brasil (79%), Peru (7%) e Colômbia (6%)

Aproximadamente 95% do desmatamento registrado na Amazônia em 2020 seguiu um padrão bem conhecido e ocorreu nos arredores das estradas, de acordo com relatório recente do Projeto de Monitoramento da Amazônia Andina (MAAP), apresentando pelo Ecoa do UOL, a partir de reportagem do site Mongabay. Neste ano, mais de 860 mil hectares de floresta primária sucumbiram em todo o bioma amazônico. Uma área que equivale a mais de seis vezes a do município de São Paulo.

Grande parte da destruição florestal ocorreu em território brasileiro (79%), seguido por áreas no Peru (7%) e na Colômbia (6%). O sistema usado pelo MAAP avaliou dados coletados até o dia 18 de setembro de 2021. A perda de floresta primária é identificada a partir do processamento de imagens do satélite Sentinel-2, que tem uma resolução de dez metros. As análises dos dados são do laboratório Global Land Analysis & Discovery, da Universidade de Maryland.

Todo o desmatamento registrado perto das estradas, de acordo com estudos que investigam o tema, ocorre em média em um raio de 5,5 quilômetros das vias ou então dos rios da região, outra via de transporte importante na Amazônia. Além disso, o sistema também detectou que 90% dos incêndios surgem em até 4 km de estradas ilegais construídas na floresta.

Em tempo: O Portal Amazônia também repercutiu os dados de setembro do desmatamento da floresta amazônica divulgados no fim da semana passada. O site destacou que o Pará, com 328 km2, foi o estado que mais registrou alertas de desmate em setembro. Seguido por Amazonas (229 km2) e Rondônia (209 km2). O site O Eco relacionou as medições de setembro dos três anos do governo Bolsonaro com os três anos anteriores. E houve um salto entre 2019 e 2021 de 85% nos alertas de desmatamento.


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