Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura apresenta documento com recomendações para a Conferência de Glasgow
Ter metas ambiciosas de corte de emissões de gases-estufa, o que significa promover a manutenção da cobertura vegetal nativa da Amazônia e do Cerrado, e incentivar a bioeconomia – o que gera renda para as populações tradicionais e mantém a floresta em pé – está na base de um plano recém-concluído pela Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, segundo informa o Valor.
Durante dois meses, recomendações de 300 empresas, entidades do agronegócio e da sociedade civil, do setor financeiro e da Academia foram discutidas e incorporadas. A intenção do texto, organizado em 30 páginas, é oferecer ao governo brasileiro subsídios técnicos para as negociações da COP26, em Glasgow, no mês que vem. As metas mais ambiciosas, segundo o grupo, devem ser assumidas no curto (2025), médio (2030) e longo prazos (2050).
A regulação dos mercados de carbono, um dos assuntos polêmicos e fundamentais da próxima Conferência do Clima, também é considerada vital pela Coalizão. O consenso entre as várias entidades que participaram da construção das recomendações é que um mercado de carbono desregulado será prejudicial aos negócios, assim como o aumento dos impactos das mudanças climáticas globais, que já são sentidos pelo setor.
A CNN também falou do assunto. A nota de divulgação da Coalizão Brasil, Clima Florestas e Agricultura e o relatório estão neste link.
Em tempo: O presidente da Câmara, Arthur Lira, voltou de viagem oficial à Itália preocupado com a imagem internacional do Brasil. De acordo com Malu Gaspar n’O Globo, Lira teria ficado “impressionado com o que viu e ouviu a respeito do Brasil” durante encontro de presidentes de parlamentos do G20 na semana passada. Isso o teria convencido a priorizar medidas como a regulamentação do mercado nacional de carbono na Câmara, para ajudar no esforço publicitário do governo Bolsonaro na COP26.
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