Auditoria verificou que o controle de origem da empresa piorou significativamente

Cerca de um terço dos bois adquiridos pela JBS, no Pará, veio de fazendas com “irregularidades” como desmatamento ilegal. A descoberta foi feita por promotores federais em uma auditoria de 2020 na maior empresa do ramo e divulgada ontem. Os promotores contam que vinham negociando melhorias no controle de origem com empresas como a JBS, com desempenho insatisfatório e que vem piorando. A JBS afirma que a auditoria mudou alguns de seus critérios, causando impacto nos resultados. Os promotores dizem que nada mudou em sua metodologia ou no modo como auditam empresas.

A JBS reconheceu a necessidade de implementar “medidas adicionais para reforçar seu trabalho de due diligence no estado” e afirmou que vai investir R$ 5 milhões a fim de melhorar a sustentabilidade de sua cadeia de fornecimento.

Na auditoria de 2019, referente às compras do ano anterior, “apenas” 8% do gado veio de fazendas com irregularidades, melhorando em relação à 2018 quando essa porcentagem havia sido de 19%. Em 2020, no entanto, a fração irregular do gado subiu para 32%, representando mais de 300 mil cabeças de gado e 3 vezes a tolerância de 9,95% estipulada pelo Ministério Público.

A notícia saiu na Folha, InfoMoney e, lá fora, na Reuters.


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