Focos de queimada subiram 30,5% em 2019 e 15,7% em 2020

Nos primeiros mil dias do governo Bolsonaro, a área desmatada na Amazônia subiu 74% em relação ao mesmo período anterior à sua posse. Foram 24,1 mil km², de acordo com dados do DETER, o equivalente a 3.305 campos de futebol destruídos por dia. Outro dado também chama a atenção. Em 2019, os focos de queimada cresceram 30,5% quando comparados a 2018. Em 2020, cresceram 15,7% sobre o ano anterior.

“Isso demonstra que, desde o início, o projeto ambiental desse governo está dando certo: destruir todos os mecanismos legais e infralegais na nossa rede de proteção”, afirma Rômulo Batista – da campanha Amazônia do Greenpeace -, quem levantou os dados a pedido do UOL. Entre os órgãos enfraquecidos durante a gestão de Bolsonaro estão o ICMBio e o IBAMA.

O atual governo federal se apoia sobre a ideia obsoleta de que a produção agropecuária precisa avançar na floresta, desmatar, invadir terras indígenas e unidades de conservação, afirma Batista. Nem a saída de Ricardo Salles do comando do Ministério do Meio Ambiente, investigado por facilitar a vida de madeireiros na Amazônia, mudou o cenário. “O atual ministro não mostrou nada a que veio. Claro que ainda é [uma posse] recente, mas a gente não viu efetivamente nada para desfazer a ‘boiada’ que o Salles abriu a porteira para passar”, disse.

UOL e IG  repercutiram a notícia.


Este conteúdo pode ser republicado livremente em versão online ou impressa. Por favor, mencione a origem do material. Alertamos, no entanto, que muitas das matérias por nós comentadas têm republicação restrita.

Aqui você encontra notícias e informações sobre estudos e pesquisas relacionados à questão do desmatamento. O conteúdo é produzido pela equipe do Instituto ClimaInfo especialmente para o PlenaMata.

Se você gostou dessa nota, clique aqui e assine a Newsletter PlenaMata para receber o boletim completo diário em seu e-mail.