Aprosoja coordena o grupo que defende a produção agropecuária em áreas protegidas

Na Frente Parlamentar da Agropecuária, o grupo que lida com a questão fundiária é chamado de Comissão de Direito à Propriedade, segundo os documentos oficiais. Já no Instituto Pensar Agro (IPA), formado por 48 associações de alguma forma ligadas ao agronegócio, o nome da comissão é outro: Direito à Propriedade e Minorias. A Aprosoja coordena a comissão.

O nome dado internamente à comissão torna evidente quem são os alvos dos ruralistas: povos indígenas e tradicionais, como os quilombolas. Uma das atividades principais do  grupo é dificultar a demarcação de terras para esses povos, escreve Leonardo Fuhrmann, em matéria publicada pelo UOL.

Frederico Azevedo, representante da Aprosoja de Mato Groso do Sul, é o coordenador institucional da Comissão de Direito à Propriedade e Minorias. O suplente é Júlio Busato, da ABRAPA (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão). O deputado federal Lucio Mosquini é dono de mais de 300 hectares de terra, avaliados em R$ 2,6 milhões em Theobroma, Roraima. Chefe da assessoria jurídica da CNA (Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária), o advogado Rudy Ferraz é técnico da comissão. Além da invasão de terras, o grupo defende a produção agrícola dentro de terras indígenas.

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