Propriedades com mais de mil hectares somam 83% da área de todas as propriedades rurais do estado

O estado brasileiro que registra o maior número de conflitos envolvendo áreas indígenas, ocupa também a segunda posição no índice de contração de terras. No Mato Grosso do Sul, o índice Gini de concentração fundiária é de 0,84, ficando acima da média brasileira, de 0,73. A Bahia é a campeã, com 0,85.

As áreas particulares respondem por 92% de todo o território do estado. As grandes propriedades rurais, com mais de mil hectares, abocanham 83% da extensão de todos os imóveis rurais. As pequenas propriedades ocupam somente 4% deles. No total da área estadual, as terras Indígenas (TI) ficam com somente 2,5%. Os dados, levantados pelo Instituto Socioambiental (ISA), são um exemplo concreto de que a alegação, feita por ruralistas, de que “há muita terra para pouco índio”, não passa de falácia.

Entre 2003 e 2019, 39% dos 1.367 assassinatos de lideranças indígenas no Brasil ocorreram no Mato Grosso do Sul, de acordo com dados do Conselho Indigenista Missionário (Cimi). Os dados fazem parte de matéria publicada no site do ISA.

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