No ano passado houve 227 assassinatos de quem defende a floresta e o meio ambiente

No ano passado houve 227 assassinatos de quem defende a floresta e o meio ambiente. Segundo relatório da Global Witness, ⅓ das vítimas eram indígenas. Todos os casos ocorreram no Sul Global. A triste campeã foi a Colômbia (65), seguida por México (30), Filipinas (19) e Brasil (20). A violência aumenta a cada ano e o número de assassinatos em 2020 foi o dobro do registrado em 2013. O relatório aponta o dedo para mineração e garimpo, exploração de madeira e agronegócio como responsáveis pelos crimes, muitas vezes com o apoio tácito dos governos. O Guardian deu uma matéria a respeito.

Michelle Bachelet, a alta-comissária da ONU para os Direitos Humanos, manifestou ontem sua preocupação com a situação dos povos Yanomami e Munduruku no Brasil por conta do avanço do garimpo em suas terras. Bachelet aproveitou para criticar os projetos de lei tramitando pelo Congresso brasileiro que enfraquecem direitos indígenas às suas terras e sua própria sobrevivência. Ela pediu para o Brasil não se retirar da Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), como querem membros do governo e do Congresso. “As tentativas de legalizar a entrada de empresas em territórios indígenas e limitar a demarcação de TIs são motivo de séria preocupação”, disse Bachelet. Reuters, RFI e UOL repercutiram o discurso.

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