Nas últimas cinco décadas, a expansão do agronegócio e sua transformação concentrou ganhos e socializou perdas

Nas últimas cinco décadas, a expansão do agronegócio e sua transformação concentrou ganhos e socializou perdas. A afirmação é de Tatiana Oliveira, assessora política do Instituto de Estudos Socioeconômicos – INESC, em entrevista ao Instituto Humanitas Unisinos (IHU). Para ela, o agronegócio vem aprofundando as desigualdades regionais, na medida em que é um vetor da catástrofe ambiental atual”. Na Amazônia, por exemplo, a sociobiodiversidade foi perdida, assim como a autonomia econômica e o modo de vida dos povos e comunidades. Ela comenta a construção da hidrelétrica de Belo Monte onde, assim como em outros grandes empreendimentos, existe um tipo de ineficiência programada em relação ao funcionamento e aplicação de normas, que abrem espaço para atos ilegais e violações de direitos. “Resta para a população o trauma, às vezes a indignação, e, na melhor das hipóteses, a mitigação dos impactos supostamente imprevistos e indesejados,” afirma. “O mero anúncio de um empreendimento produz uma série de efeitos que podem levar à degradação ambiental e à elevação dos níveis de conflito social.”

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