A exploração madeireira na Amazônia foi responsável pela derrubada de mais de 460 mil hectares de floresta entre agosto de 2010 e julho de 2020, uma área equivalente a três vezes a do município de São Paulo.

A exploração madeireira na Amazônia foi responsável pela derrubada de mais de 460 mil hectares de floresta entre agosto de 2010 e julho de 2020, uma área equivalente a três vezes a do município de São Paulo. Os dados são da Rede Simex (integrada por Imazon, Idesam, Imaflora e ICV), com base em imagens de satélite.

O Mato Grosso foi o estado que concentrou a maior parte da área florestal desmatada para retirada de madeira, com 236 mil hectares afetados no período, seguido por Amazonas (71 mil hectares) e Rondônia (69 mil). A falta de acesso aos dados sobre as autorizações para manejo florestal impede a comprovação da legalidade dessa exploração na maioria dos estados (com exceção de MT e Pará).

A maior parte da área explorada foi identificada em imóveis rurais cadastrados, que concentraram 362 mil hectares (78%). Já as Áreas Protegidas (Unidades de Conservação e Terras Indígenas) registraram a exploração de mais de 52 mil hectares de floresta, o que corresponde a 11% do total. As terras públicas não destinadas, que não possuem autorização para exploração madeireira, tiveram desmatamento de 12 mil hectares (3% do total).

Os dados tiveram repercussão em diversos veículos, com destaques em CNN Brasil, Estadão, Folha, Jornal Nacional (TV Globo), Metrópoles, Nexo Jornal, O Eco e Poder360, entre outros.

Em tempo: Uma em cada três árvores na natureza enfrenta risco de extinção, de acordo com um relatório divulgado pela Botanic Gardens Conservation International (BGCI) na semana passada e comentado pelo O Globo. São 17,5 mil espécies em perigo em todo o mundo. O Brasil ocupa a 2ª posição no ranking de países com mais árvores ameaçadas, com 1.788 espécies em risco. O topo da lista é ocupado por Madagascar, com 1.842 espécies sob risco de extinção. Para a BGCI, as maiores ameaças às árvores em todo o mundo são a agricultura (afeta 29% das espécies), a extração de madeira (27%), a pecuária (14%), o desenvolvimento urbano e comercial (13%), os incêndios (13%), a produção de energia e mineração (9%), plantações de madeira e celulose (6%), espécies invasoras (5%) e mudanças climáticas (4%).

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