O desmatamento em terras indígenas saltou 35,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.

 Historicamente as terras indígenas formam a categoria fundiária menos desmatada. Na Amazônia, são como ilhas verdes de conservação. No entanto, atividades ilegais, como o corte raso da floresta, o garimpo e a extração de madeira, ganharam força no ano passado nessas áreas.

Giovana Girardi escreve na Folha sobre uma análise feita pelo Greenpeace a respeito dos alertas de devastação elaborados pelo sistema Deter do Inpe. A análise revela que, nos primeiros sete meses de 2020, o desmatamento em terras indígenas saltou 35,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. O corte seletivo, ou seja, somente daquelas árvores com grande valor comercial, cresceu 66%; o garimpo, 56,2%.

Considerando-se os 12 meses oficiais de monitoramento, que vão de agosto de 2020 a julho de 2021, o desmatamento em terras indígenas registrou queda de 23,5% quando comparado ao período anterior. Mas, mesmo assim, a área atingida é maior do que a desmatada nos anos anteriores ao do atual governo.

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