Degradação florestal
Eliminação parcial e gradual da vegetação florestal para a extração seletiva de madeira e de outros recursos naturais. Pode ocorrer também por fogo e alterações climáticas.É sobretudo a perda gradual de vegetação nativa ligada a atividades econômicas legalizadas ou criminosas como a extração seletiva de madeira ou o garimpo de ouro e diamantes. Mesmo que pareça menos lesiva aos ambientes naturais, a degradação florestal deve ser monitorada e combatida, pois costuma preceder o corte raso, as queimadas e outras técnicas destrutivas. Um artigo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) apontou que a degradação de florestas é a principal fonte de emissão de gases que ampliam o efeito estufa e provocam a elevação da temperatura média do planeta em terras indígenas e outras áreas protegidas na Amazônia. Além disso, entre 2007 e 2016 foi verificada uma média de 11.000 km2 de florestas degradadas ao ano. Isso equivale ao dobro da média anual de área desmatada por corte raso no mesmo período. Mas florestas também podem ser degradadas pela ação do fogo e de mudanças no clima. O MapBiomas levantou que nos últimos 36 anos o fogo atingiu anualmente 150.957 km² (1,8%) do Brasil, uma área superior à da Inglaterra. Um total de 65% (1.086.892 km2) do total queimado (1.672.142 km2) foi de vegetação nativa. Cerrado e Amazônia representam 85% da área queimada nos últimos 36 anos. Outro artigo na PNAS apontou que a mortalidade de árvores amazônicas causada por incêndios e secas extremas será potencializada pelas alterações climáticas provocadas pela humanidade. Para proteger as florestas, o trabalho sugere o fim do desmatamento associado a medidas que reduzam o início e a propagação de incêndios para outras áreas, protegidas ou não pelo poder público.