Na esteira da COP28, Reino Unido, França e Itália prometem destinar recursos ao Fundo Amazônia e a outras iniciativas de preservação da região

Além de fóruns que reúnem milhares de pessoas de todos os países do mundo para (tentar) estabelecer rumos para o combate à crise climática, as Conferências do Clima da ONU são uma “vitrine” para que países, bancos de fomento e empresas anunciem ações e recursos para proteção do meio ambiente. Na COP28, a Amazônia foi foco de algumas promessas que, se efetivadas, vão investir na preservação, na recuperação e no desenvolvimento sustentável da região.

Uma das iniciativas foi do BNDES, que lançou o edital Restaura Amazônia, de R$ 450 milhões, parte do programa Arco de Recuperação da Amazônia, destinado a restaurar áreas desmatadas e degradadas da Floresta Amazônica. O banco brasileiro ainda assumiu a presidência do Comitê Diretor da Coalizão Verde, aliança internacional que deve mobilizar entre US$ 10 bilhões e US$ 20 bilhões para negócios e iniciativas de promoção do reflorestamento e desenvolvimento sustentável na Amazônia até 2030, informa o Poder 360.

Alguns governos também aproveitaram a conferência para anunciar investimentos na manutenção da floresta em pé. Um deles foi o do Reino Unido, que prometeu mais 35 milhões de libras – algo em torno de R$ 215 milhões – para o Fundo Amazônia, gerido pelo BNDES. O Correio Braziliense lembra que o país havia anunciado em maio um aporte de 80 milhões de libras (cerca de R$ 500 milhões), cujo contrato para transferência dos recursos também foi assinado durante a COP 28.

No meio da novela para a conclusão do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, o presidente da França, Emmanuel Macron, desancou as negociações e colocou água no chope do presidente Lula quanto às suas expectativas de encerrar as pendências. Mas, por outro lado, mostra o UOL, aproveitou a ocasião para prometer dinheiro de seu país para a Amazônia.

“Com o Brasil, estamos determinados a preservar as florestas. Nos próximos três anos, a França dedicará 500 milhões de euros (cerca de R$ 2,7 bilhões) à sua preservação”, disse Macron em um post no X (ex-Twitter). Pode ter sido apenas uma estratégia para fugir do imbróglio entre os blocos comerciais, mas ao menos gerou uma fatura que pode (e deve) ser cobrada do presidente francês.Outro país europeu a anunciar desembolsos para a Floresta Amazônica foi a Itália, conta a Época Negócios. O governo italiano anunciou sua adesão ao fundo de Bioeconomia e Manejo Florestal da Amazônia (AMZ), gerido pelo BID, que faz parte da iniciativa “Amazônia Sempre”. O aporte inicial, porém, é bem mais modesto que as demais iniciativas: 5 milhões de euros, algo em torno de R$ 27 milhões.


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