União Europeia aplicará €35 milhões de euros no combate ao desmatamento da Floresta Amazônica e no desenvolvimento sustentável na região; BNDES e Eneva lançam edital da iniciativa “Floresta Viva” para projetos de recuperação ambiental

A reunião técnico-científica que ocorreu no fim de semana em Leticia, na Colômbia, rendeu mais do que a preparação para a Cúpula da Amazônia, que reunirá os líderes de oito países da região no início de agosto, em Belém. O encontro, que teve a presença dos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Colômbia, Gustavo Petro, também contou com um anúncio de recursos financeiros por parte da União Europeia.

O bloco investirá 35 milhões para combater o desmatamento e promover o desenvolvimento sustentável da Amazônia. O projeto tem prazo de cinco anos e foi divulgado pelo comissário de Meio Ambiente da UE, Virginijus Sinkevicius, que também esteve em Leticia. Segundo o UOL, a iniciativa integra o Global Gateway, megaprograma de investimentos da UE para ampliar sua influência no restante do mundo.

“Estou feliz por voltar a Letícia, coração da Floresta Amazônica. Estamos lançando um programa de 35 milhões de euros por cinco anos, dedicado a assegurar que daremos mais um passo na preservação da Amazônia. Vamos fazer isso juntos com as populações locais, construindo capacidades e melhorando seus meios de subsistência”, disse Sinkevicius, que, durante o encontro, reuniu-se com a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.

Dias antes, o BNDES e a Eneva também anunciaram investimentos em projetos na Amazônia. O banco de fomento e a empresa produtora de gás fóssil lançaram um edital no âmbito da iniciativa “Floresta Viva”, que investe na restauração ecológica e na preservação da biodiversidade brasileira a partir de recursos do Fundo Socioambiental do BNDES, com apoio de instituições parceiras, informa o BNC Amazonas.

O edital, no valor de R$ 8,9 milhões, será conduzido e operacionalizado pelo FUNBIO, que é gestor do Floresta Viva. O objetivo é apoiar até duas propostas que resultem na recuperação de uma área de até 400 hectares no interior e no entorno de 10 unidades de conservação ambiental localizadas no território amazônico.

São quatro Áreas de Proteção Ambiental (APAs), uma Floresta Nacional, dois Parques Estaduais e três Reservas de Desenvolvimento Sustentável, consideradas altamente prioritárias para a recuperação florestal amazônica. Todas as Unidades de Conservação contempladas no edital são geridas pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Amazonas (SEMA), que contribuiu com a análise técnica do projeto.

Os projetos selecionados deverão implementar ações de restauração ecológica e fortalecimento da cadeia produtiva da restauração. Os recursos serão investidos na conservação da biodiversidade, visando melhorar a qualidade ambiental e diminuir as desigualdades sociais e regionais. O prazo para execução das propostas é de até 48 meses, detalha o Portal Mário Adolfo.O edital é voltado para instituições sem fins lucrativos. Para participar, os interessados deverão enviar suas propostas até o dia 4 de setembro de 2023, por meio de formulário eletrônico, disponível no site do FUNBIO.


Este conteúdo pode ser republicado livremente em versão online ou impressa. Por favor, mencione a origem do material. Alertamos, no entanto, que muitas das matérias por nós comentadas têm republicação restrita.

Aqui você encontra notícias e informações sobre estudos e pesquisas relacionados à questão do desmatamento. O conteúdo é produzido pela equipe do Instituto ClimaInfo especialmente para o PlenaMata.

Se você gostou dessa nota, clique aqui e assine a Newsletter PlenaMata para receber o boletim completo diário em seu e-mail.