Banco lança chamada pública para projetos de manejo comunitário de floresta nativa nas cadeias da madeira, dos óleos vegetais e da castanha-do-Brasil. A implementação dos projetos ficará a cargo do Idesam, ONG listada em mapeamento de iniciativas que apoiam organizações de impacto socioambiental na Amazônia
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) irá destinar R$ 2,5 milhões para projetos de bioeconomia florestal em Apuí, Itapiranga, São Sebastião do Uatumã, Lábrea e Carauari – municípios do estado do Amazonas com baixos indicadores socioeconômicos. Outros R$ 2,5 milhões serão aportados por parceiros.
A iniciativa vai ser implementada pelo Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam). A ONG desenvolve alternativas para a conservação ambiental, o desenvolvimento social e a mitigação das mudanças climáticas.
Os projetos terão de envolver o manejo comunitário de floresta nativa nas cadeias da madeira, de óleos vegetais e da castanha-do-Brasil e serão escolhidos em uma chamada pública, como informa a Agência Brasil. Poderão participar populações extrativistas, produtores familiares moradores de Unidades de Conservação e beneficiários de programas da reforma agrária, por meio de suas cooperativas e organizações sociais.
A produção dos projetos poderá ser comercializada pela Inatú Amazônia, marca de produtos amazônicos sustentáveis criada a partir de uma parceria do Idesam com associações e cooperativas. A Inatú Amazônia foi fundada em 2019 e viabilizada com recursos do Fundo Amazônia, gerido pelo BNDES.
“Também serão realizadas ações que visam contribuir para a criação de uma cadeia de transformação de resíduos orgânicos dos processos produtivos dos óleos e da castanha em bioplástico”, informa o banco de fomento.
O Idesam é uma das organizações listadas no mapeamento “Caminhos da Amazônia”. A publicação – iniciativa da Plataforma Parceiros pela Amazônia (PPA) com realização do Quintessa – apresenta mais de 60 instituições, entre fundações, empresas, ONGs, institutos de pesquisa e universidades, comprometidas com o desenvolvimento sustentável da região amazônica.
Segundo a Folha, um dos destaques do mapeamento é a identificação de um ecossistema ainda em amadurecimento e estruturação. Afinal, 90% dos programas oferecidos pelas organizações participantes foram criados nos últimos 12 anos.
“São notáveis o grande interesse do mercado e os crescentes investimentos na Amazônia. Por outro lado, o mapeamento mostra que a capacidade desse ecossistema ainda precisa ser desenvolvida, tendo em vista o tamanho da região e dos seus desafios”, pontua o secretário executivo da PPA, Augusto Corrêa.
A maior parte dos programas se destina ao fortalecimento de entidades do terceiro setor ou de base comunitária (77%), com olhar para populações indígenas ou extrativistas (64 das 66 iniciativas). E seis de cada dez ações são voltadas a assentamentos e zonas rurais.
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