Não bastasse o material particulado fino que os povos que vivem em regiões de queimada na Amazônia inalam inadvertidamente todos os anos […]
Não bastasse o material particulado fino que os povos que vivem em regiões de queimada na Amazônia inalam inadvertidamente todos os anos durante os meses quando as florestas são incendiadas, agora eles também estão mais expostos ao vírus da COVID-19. A correlação entre a fumaça das queimadas e do novo coronavírus foi analisada, durante cinco meses, por uma equipe multidisciplinar de jornalistas, geógrafos e estatísticos do InfoAmazonia, em parceria com pesquisadores do LabGama, ligado à Universidade Federal do Acre, e da Fiocruz.Durante o ápice de queimadas, ficou muito mais perigoso respirar. Quando os índices de material particulado subiam acima do limite considerado seguro pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o risco de uma pessoa contaminada pela COVID-19 subia 2%. Durante as queimadas de 2020, nos 5 estados com mais fogo da Amazônia, (Amazonas, Acre, Rondônia, Mato Grosso e Pará), a fumaça esteve relacionada a um aumento de 18% nos casos graves de COVID (em que houve internações hospitalares) e de 24% em internações por síndromes respiratórias. O assunto é explorado em profundidade pelo InfoAmazonia, como também pela Folha de São Paulo. Casos de pessoas que contraíram a doença estão aqui e sobre a crise no Pantanal aqui, ambos artigos na Folha.
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