Destruição em área de proteção ambiental em São Félix do Xingu devastou área equivalente à metade da cidade de Nova York
As imagens de satélites analisadas pela Universidade de Maryland mostram que a Área de Proteção Ambiental Triunfo do Xingu vem perdendo cada vez mais floresta, desde que foi criada em 2006. Entre o ano de criação da APA e 2021 caíram mais de 533 mil hectares. Mas a situação fica ainda mais dramática quando se avalia apenas a destruição detectada no ano de 2020.
Foi o pico do desmatamento em toda a história da zona de proteção. Deixaram de existir 70 mil hectares de floresta amazônica ou o equivalente ao tamanho de metade da cidade de Nova York. Só os números do ano retrasado foram duas vezes maiores do que a média de destruição registrada entre 2006 e 2021.
Conforme mostra a reportagem do site Mongabay em sua versão em inglês, a pecuária predadora é o principal vetor do desmatamento na região. Os cortes rasos são feitos exatamente para a abertura de áreas de pastagem para os rebanhos.
“A APA Triunfo do Xingu foi criada com o objetivo de que ocorresse algum tipo de atividade humana na região, desde que fosse de forma sustentável”, afirmou Larissa Amorim, pesquisadora do Imazon, ao repórter Liz Kimbrough. “Mas vemos que as atividades não são sustentáveis de forma alguma. E as atividades ilegais que estão ocorrendo lá acabam se espalhando”, atesta a pesquisadora.
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