Desde 2020, o MPF mapeia pontos de garimpo ilegal entre os Yanomami; pouca coisa mudou em dois anos

Desde 2020, equipes do MPF frequentam a Terra Indígena Yanomami, na Amazônia, para apurar graves denúncias feitas pelas comunidades locais contra garimpeiros. Apenas em 2020, um mapeamento do órgão identificou 412 pontos de mineração ilegal, como relata o Estadão.

Em março deste ano, outra constatação: garimpeiros ilegais ocuparam as pistas de pouso dos postos de saúde indígena para receber aviões e helicópteros usados na logística do crime organizado. A região-alvo do MPF é a mesma onde denúncias de lideranças indígenas atestam que uma menina de 12 anos foi estuprada e morta em uma invasão de garimpeiros no mês passado.

Depois de voltar mais uma vez à região, representantes do MPF protocolaram uma ação com urgência. No documento, eles pedem que o governo federal coordene o planejamento de novas operações contra os crimes socioambientais. Segundo estudos do órgão, dos estimados 412 pontos ilegais de mineração há mais de dois anos, apenas 9 foram alvos de operações policiais, o que mostra a ausência de efetividade das fiscalizações federais.


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