Estudo mostra que mais de 100 mulheres defensoras do meio ambiente e dos Direitos Humanos na Amazônia sofreram algum tipo de violência

Uma pesquisa que traçou o perfil de 125 defensoras ambientais e dos Direitos Humanos que vivem na Amazônia revela como a violência de gênero é algo crônico na região. Do total das entrevistadas, 80% relataram terem sofrido algum tipo de violência. Os números mostram uma realidade ainda pior. Por volta de 25% das mulheres já foram vítimas das agressões mais de uma vez; em 32 casos, o agressor era um desconhecido.

O estudo, realizado pelo Instituto Igarapé e relatado pelo portal g1, mostra que, na maior parte das vezes, as agressões são de cunho moral. As vítimas relatam ter sofrido calúnia, difamação e injúria. As lideranças femininas também foram alvo de violências física e psicológica.

Além dos desdobramentos psicológicos das agressões, a dificuldade em denunciar os fatos também é um dos problemas levantados pela pesquisa. Para endereçar essa questão, o Instituto Igarapé busca capacitar as lideranças para identificar os riscos que correm e, dessa forma, terem tempo para procurar as redes de apoio.


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