Segurança pública e níveis educacionais estão atrelados aos crimes ambientais

Em ano eleitoral, temas de fundo, e complexos, nem sempre são discutidos com a profundidade que merecem. Ainda mais em uma região gigantesca e cheia de nuances como a Amazônia. Por isso, o evento registrado pela revista Página 22, que teve como pauta debater propostas para o pós-eleições de 2022 para o Norte do Brasil, gerou linhas de pensamento interessantes. Uma delas, relacionada à questão da educação.

Indicadores mostram a dificuldade de acesso por parte dos indígenas à formação superior. E o fato de professores do Ensino Médio, por exemplo, não terem acesso nem a um computador e muito menos à internet.

Não que alguns estados, como o caso do Acre por meio do programa Florestania, não tenham alguns exemplos para dar. Mas a questão é que a educação é central para ajudar na permanência dos jovens na região, o que vai significar, por exemplo, mais interesse pelas questões ambientais.

O tema da segurança pública é outro que não pode ser tratado de forma desconexa aos crimes ambientais. Muito pelo contrário. Os indicadores mostram que não apenas a violência contra a vida e contra o meio ambiente andam juntas, como a perda de vidas e de hectares de floresta não para de crescer.

“O descontrole da segurança é o grande risco à soberania nacional, com a perda da Amazônia para a criminalidade e violência, e também para o desmatamento”, afirma Renato Sérgio de Lima, diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Para o especialista, é preciso que a governança da região seja repensada, a partir do entrelaçamento de políticas públicas e de um reequilíbrio das agendas políticas de prioridades.


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