Rodada de negociações entre os países da Convenção de Biodiversidade da ONU recoloca o tema financeiro sobre a mesa

Quem vai pagar a conta, no caso, da conservação da biodiversidade mundial é sempre um entrave para o avanço das grandes negociações internacionais. Nesta semana, em Genebra, como relata o jornal Folha de S.Paulo, houve um pequeno avanço em relação ao tema.

Os representantes dos países reunidos sob a Convenção de Biodiversidade da ONU sinalizaram a disposição de seguir com uma postura mais proativa a favor do fim dos subsídios prejudiciais à biodiversidade. O problema é sempre o “mas”. Falta agora, por exemplo, definir uma série de próximos passos, como o conceito de “prejudiciais” – que, em tese, deveria incluir combustíveis fósseis e agrotóxicos. 

O debate sobre como financiar as atividades de conservação ambiental também é um desafio constante e carregado de interligações complexas. Estimativas indicam que as ações previstas para dar conta ao novo acordo global de biodiversidade, que envolve regiões como a Amazônia e a Mata Atlântica, poderiam custar US$ 967 bilhões.

Além da desconfiança mútua entre países desenvolvidos, doadores de recursos, e o bloco das nações em desenvolvimento, que aplicariam o dinheiro, o passado mostra que soluções dentro da convenção podem ser complexas de serem resolvidas. É o caso, por exemplo, das 20 Metas de Aichi para o fim dos subsídios danosos à biodiversidade, estabelecidas em 2010 e nunca completadas, como cita a repórter Ana Carolina Amaral na Folha.


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