Levantamento feito pelo Imazon mostra que o desmatamento em UCs na Amazônia aumentou de forma progressiva desde 2018
Também nas Unidades de Conservação ambiental estaduais o ritmo do desmatamento está elevado. Na verdade, em uma velocidade até maior do que a registrada nas áreas de preservação federal. Em 2021, o desmatamento em áreas sob responsabilidade dos governadores atingiu 690 quilômetros quadrados, uma taxa 36% maior do que os 507 quilômetros quadrados registrados nas zonas federais. Os dados são de um levantamento do Imazon, feito a pedido do jornal O Globo.
Em três anos, entre 2019 e 2021, as UCs estaduais da Amazônia perderam 1.766 quilômetros quadrados de floresta. A região como um todo, no mesmo intervalo temporal, sofreu com uma redução florestal de 4.514 quilômetros quadrados.
Pelo levantamento fica clara a pressão que existe sobre a Terra do Meio, uma das regiões mais conflituosas da Amazônia hoje em termos de disputa por terras.
A Área de Proteção Ambiental Triunfo do Xingu foi a mais devastada em toda a Amazônia. A área dividida entre dois municípios, Altamira e São Félix do Xingu, no Pará, perdeu 1.068 quilômetros quadrados (de um total de 16,7 mil quilômetros quadrados) em três anos. Deste total, 40% apenas em 2021. Unidades de conservação em Rondônia também encabeçam a lista das mais devastadas.
Em tempo: O projeto Data Zoom, que faz parte da iniciativa Amazônia 2030, acaba de lançar uma plataforma totalmente online e gratuita com dados importantes da região. Entre as visualizações disponíveis existem vários rankings, como o dos campeões municipais de desmatamento ao longo do tempo, e séries temporais, caso do agrupamento de dados que mostra como ocorreu a mudança de cobertura vegetal dos estados em um determinado intervalo de tempo. A plataforma está disponível aqui.
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