Áreas de Quilombo estão sobrepostas às fazendas e a áreas de preservação da Agropalma
O clima está tenso no município de Acará, no nordeste do estado do Pará, como relata O Joio e o Trigo. Desde domingo (6/2), um grupo de aproximadamente 60 quilombolas tentam retomar um território que está sendo reivindicado por eles por meio de processo judicial.
De acordo com o grupo, eles foram retirados das terras nos anos 1980. Hoje, parte da área é ocupada por fazendas e áreas de preservação ambiental da empresa Agropalma S.A, que fornece óleo de palma para empresas como a Nestlé.
A reportagem mostra que seguranças armados estão dificultando a circulação dos quilombolas pela região. Houve denúncias de que eles estão inclusive sendo ameaçados. Segundo os quilombolas, existem quatro cemitérios ancestrais na região, o que prova que eles habitavam o território antes da nova ocupação.
Toda a discussão em torno das áreas está sendo acompanhada pelo Ministério Público. A Agropalma e a companhia de segurança contratada por ela, por meio de notas, negam que estejam ameaçando os quilombolas. A empresa alega a inexistência de qualquer documento legal que comprove que aquela área pertence realmente aos quilombolas.
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