Estudo revela alteração do padrão de chuvas na geração de energia
É um ciclo conhecido pelos cientistas que, a cada nova pesquisa, fica ainda mais claro. Com o aumento do desmatamento na Amazônia, a chuva diminui em regiões como o Centro-Oeste e o Sudeste do Brasil. O que significa, portanto, menos água para a geração de energia nas hidrelétricas. E, para terminar, a escassez hídrica fez aumentar, e muito, a conta de luz dos brasileiros. Entre outros motivos, porque o país precisou acionar as caras e poluentes usinas termelétricas.
Este quadro, agora, ganhou cores mais vivas a partir de um estudo feito pela engenheira ambiental Fernanda Leonardis, informou o InfoAmazonia. O trabalho mostra que a falta de umidade vinda dos céus amazônicos nos chamados rios voadores reduziu a vazão média de hidrelétricas importantes do país em 37% desde 2013.
A escassez da água vinda da Amazônia pela atmosfera – motivo da redução das chuvas – foi sentida na produção em todas as 11 usinas analisadas pela pesquisa acadêmica: Mascarenhas de Moraes, Furnas, Água Vermelha, Marimbondo, Três Marias, Serra da Mesa, Emborcação, Nova Ponte, Itumbiara, Corumbá e Queimado. Reunida, esta infraestrutura responde por 70% da geração no subsistema Centro-Oeste e Sudeste.
“Os efeitos do desmatamento na Amazônia são cumulativos e, se isso não for freado, a situação se tornará pior para a geração de energia e outros setores no país”, alertou Fernanda Leonardis.
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