Políticas de conservação ambiental da floresta precisam englobar todos os ambientes amazônicos, mostra estudo
A preservação e a conservação das áreas onde ocorrem os lençóis freáticos rasos da Amazônia são determinantes para conter o aquecimento global, como mostra reportagem da Amazônia Real. A afirmação está baseada em um artigo científico publicado na revista New Phytologist por cientistas brasileiros.
Aproximadamente 50% de toda a Amazônia é composta por áreas de lençóis freáticos rasos, segundo a pesquisa. Mas são áreas que têm sido desconsideradas em ações de conservação ambiental, apesar de serem alvo de grilagem e queimadas.
As regiões avaliadas, segundo os autores do trabalho, funcionam na prática como refúgios hidrológicos em grande escala nos períodos de seca.
“Quando a gente fala de refúgio hidrológico, nos referimos a lugares que provêm as melhores condições hídricas para os organismos vivos. Significa aquele lugar que vai manter as condições adequadas à vida mesmo quando outros lugares ficam ruins”, afirma Flávia Costa, pesquisadora do INPA e uma das autoras do trabalho.
Além de refúgio para biodiversidade, os lençóis freáticos desempenham um papel de sumidouro de carbono durante secas menos severas. Isso porque a baixa umidade acaba aumentando o crescimento das árvores, o que significa mais carbono retirado da atmosfera.
“São regiões que vão manter a umidade mesmo quando outras regiões estiverem secas demais, dependendo do grau da estiagem”, segundo a pesquisadora do INPA.
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