Desmatamento ainda é maior do que os resultados dos projetos de restauração, que também não podem ser feitos de qualquer forma
Segundo publicação da ONG SOS Mata Atlântica de maio, houve perda de 21.642 hectares (mais de 20 mil campos de futebol) de florestas nativas entre 2020 e 2021. A alta é de 66% ante 2019-2020 (13.053 hectares). Os especialistas afirmam que a receita de bolo para evitar que a Mata Atlântica seja morta de vez envolve, principalmente, estratégias de preservação e restauração.
O problema, como mostra essa reportagem do Estadão, é que mesmo os projetos bem sucedidos de restauração florestal não conseguem revigorar um bioma, com todas as conexões ecológicas que havia antes do desmatamento. O que faz acender um grande sinal de alerta entre os cientistas. Afinal, restam apenas 12,4% da cobertura original da Mata Atlântica no Brasil, considerando as áreas com mais de três hectares.
É o bioma mais destruído da história do Brasil. Como escreveru o jornalista Eduardo Geraque no Estadão, as estimativas indicam que entre 1500 e 1872, quando Portugal exerceu monopólio estatal sobre as reservas de pau-brasil, 70 milhões de árvores foram retiradas. Os índios levavam três horas para derrubar um pau-brasil. Já os europeus, com seus machados de pedra, faziam o mesmo em 15 minutos.
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