Reportagem mostra as constantes invasões em reserva que fica a menos de 80 km de Manaus

O texto da repórter Clara Toledo para o site ((o))eco é contundente. “A Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Negro é uma Unidade de Conservação (UC) gerida pelo estado do Amazonas, ao menos no papel. Olhando de perto, parece ser terra de ninguém.”

A construção da ponte sobre o rio Negro, que permite um fluxo maior de pessoas a partir da capital Manaus, era considerada um fator de risco para a região desde 2008, quando o EIA-RIMA sobre a obra foi feito. E não deu outra. A pressão imobiliária ficou bem mais aguda nos últimos anos, e o fato de a concessionária de energia local ter cabeado os ramais que partem das estradas principais ajudou a promover as invasões.

O gestor atual da Unidade de Conservação descreve os diferentes perfis de invasores: desde pessoas com maior poder aquisitivo, que vão atrás de sítios e casas de veraneio, até grupos em situação de maior vulnerabilidade social.

“Tem a pessoa que vem à procura de uma terra de veraneio, pode ser um funcionário público por exemplo, é bem diverso – vai do policial ao professor; tem o madeireiro e seus suportes, que normalmente ocupam uma casinha no meio da floresta; famílias em situação de mais vulnerabilidade social que vivem da terra que ocupam”, afirmou o gestor Miquéias Santos à repórter Clara Toledo. “Algo que identificamos também foi a presença de traficantes de drogas dentro da região.”


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