Ferramenta investiga a situação de 11.216 microbacias da Amazônia Legal

A Folha e o Mongabay relataram os primeiros resultados do Índice de Impacto nas Águas da Amazônia. A ferramenta, que contou com a consultoria de pesquisadores, é uma iniciativa jornalística da Ambiental Media e faz parte do projeto Aquazônia, lançado nesta quinta-feira (5/5).

A abordagem, inédita para mensurar a situação das microbacias da Amazônia Legal, reitera o impacto negativo que (principalmente) as hidrelétricas têm sobre o ambiente aquático. Pelo menos 20% das 11.216 microbacias avaliadas sofrem um impacto alto dos barramentos, em rios, gerados pelas grandes obras de infraestrutura. Em menor escala, mas não em menor importância, também mineração, garimpo ilegal, estradas e agropecuárias afetam os rios amazônicos.

Entre os top cinco das áreas mais atingidas estão as bacias do Madeira, do Tapajós, e do Xingú, sendo as duas primeiras afetadas em mais de um ponto, devido à presença das hidrelétricas. O levantamento mostra, ainda, que a bacia do rio Putumayo-Içá abarca o distrito tributário do Amazonas que mais sofre com a mineração, sendo afetado em 63% do seu percurso.

Segundo Thiago Medaglia, coordenador do projeto e fundador da Ambiental Media, apesar da ferramenta ser baseada em ciência, trata-se de um trabalho de cunho jornalístico que tem por objetivo medir e perceber, além do desmatamento, a importância dos impactos humanos nas águas da região.


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