Em dez anos, área de garimpo triplicou no Brasil, principalmente na Amazônia

Reportagem do portal Um Só Planeta relata como a questão do garimpo vem se acelerando no Brasil, principalmente na Amazônia. Considerada uma subcategoria de mineração, feita de forma artesanal e por indivíduos, a atividade da garimpagem tem ficado cada vez mais nebulosa, como explica o pesquisador Philip Fearnside, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia.

Segundo ele, um dos grandes especialistas em Amazônia no Brasil, a atividade mudou muito. Hoje, está na mão de empresários e é feita com máquinas e infraestrutura caras. Além de quase sempre estar ligada à ilegalidade e ser uma das principais fontes de impacto sobre os Povos Indígenas.

De acordo com César Diniz, geólogo e coordenador técnico de mapeamento de mineração do MapBiomas, o garimpo faz parte da história do Brasil. Mas, segundo ele, o que mais preocupa mesmo é a explosão da atividade registrada desde 2010. Segundo os dados do MapBiomas, entre 2010 e 2020 a área de garimpo triplicou no Brasil, saltando de 38.400 hectares para 107.000 hectares.

“O país precisa dar ao garimpo ilegal, a mesma importância que um dia deu ao desmatamento ilegal. Nós sabemos como detectar, como combater, como dificultar o financiamento e como expor redes comerciais ilegais. Não nos falta conhecimento, nos falta vontade política e lidar com o problema”, afirmou Diniz à repórter Jennifer Ann Thomas.


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