Sob o risco de soar romântico, jornalista defende novo debate sobre Amazônia com as Forças Armadas

O jornalista Fernando Gabeira, em artigo publicado no Estadão, relata que acaba de voltar de uma imersão na Amazônia, onde encontrou empreendedores que estão mudando a realidade local. Além de conhecer o trabalho de várias ONGs em ações de enfrentamento das mudanças climáticas e desenvolvimento socioambiental das comunidades tradicionais, ele defende que é preciso trazer os militares para o mesmo barco, em prol da conservação da região.

“A ideia de conversar e convencer parece romântica, mas os fatos demonstram o contrário”, escreve Gabeira, ao citar o empenho que as Forças Armadas e as ONGs tiveram durante a pandemia. “Governo e ONGs atuaram em conjunto na Amazônia. Avião e barcos do Greenpeace levaram medicamentos, comida, oxigênio. Da mesma forma, no Pará, a ONG Saúde e Alegria, que é dirigida por um médico, trabalhou intensamente na região numa vasta área banhada pelo Tapajós.”

O jornalista defende uma repaginada na visão das Forças Armadas sobre os grandes problemas nacionais e até globais, como o aquecimento global, os eventos climáticos extremos e a elevação do nível do mar. “Sem considerar essa realidade, assim como a da guerra cibernética, o país estará se preparando para situações que aconteceram no passado, mas que não se repetem. Não vamos combater de novo os paraguaios, espero”.


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