Se os norte-americanos chegaram à Lua após um plano ambicioso, o mesmo pode ser feito no Brasil em relação à Amazônia

Em artigo no jornal O Globo, o cientista Salo Coslovsky e o investidor Denis Minev defendem que o Brasil precisa de um plano ambicioso para a Amazônia. Assim como os norte-americanos fizeram quando decidiram, nos anos 1960, mandar o homem à Lua. Desde então, o termo “moonshot” passou a ser usado para classificar desafios ambiciosos e arriscados, mas com potencial de mudar uma realidade.

No caso do Brasil, o uso inteligente de 70 milhões de hectares já desmatados da Amazônia, que estão abandonados ou subaproveitados – uma área bem maior do que a França – pode fazer o Brasil tornar-se uma grande potência econômica sem desmatar um metro quadrado a mais de floresta.

Modelos, segundo os autores do texto, já existem. Eles passam pela ideia de “rematar” as bordas da floresta, que combina recuperação de áreas degradadas com restauração de vegetação nativa. O que implica em captura de carbono, regulação climática e proteção da vida silvestre.

O passo seguinte, é o investimento na produção de óleos, frutos, peixes, madeira e carne. Produtos com mercados globais enormes, onde a participação da Amazônia ainda é ínfima. A recuperação cria também empregos que vão ajudar na fixação dos jovens na região.


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