Na Mata Atlântica, um terço das áreas em regeneração são destruídas de novo em até 8 anos

O resultado, surpreendente, não é bom. Estudo realizado por pesquisadores brasileiros e norte-americanos mostra que um terço das áreas em regeneração natural da Mata Atlântica são destruídas novamente em até 8 anos. A grande maioria dos novos cortes, como mostra reportagem do Jornal da USP, são feitos entre o quarto e o oitavo ano de crescimento.

A Mata Atlântica tem apenas 25,8% de cobertura vegetal preservada, de acordo com estimativas do MapBiomas. Os dados gerados pela plataforma também foram utilizados pelos cientistas para fazer a pesquisa científica. Se usou informações sobre o período que vai de 1985 a 2019. 

A regeneração natural – quando se espera que a floresta cresça sem interferência humana – é um método bastante utilizado, por ser, principalmente, de baixo custo. Mas ela também é eficiente do ponto de vista ecológico, mostram as análises.

“Não esperávamos uma rotatividade tão alta da floresta regenerada. Isso indica que o Brasil precisa não apenas promover políticas de estímulo à regeneração, mas também políticas voltadas à permanência dessas matas jovens”, afirma Jean Paul Metzger, pesquisador da USP e um dos autores do estudo.


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