Estudo reforça a tese de que produção integrada é mais sustentável

Os resultados da comparação entre cinco áreas de produção agropecuária mostram que as práticas integradas lavoura-pecuária, quando animais e grãos dividem o mesmo solo em períodos diferentes, contribuem para o aumento da reciclagem dos nutrientes. A pesquisa, publicada na revista científica “Ciência Rural”, foi divulgada pelo Valor Econômico, a partir da Agência Bori.

Pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba, em parceria com a Embrapa Meio Norte, escolheram uma fazenda no Maranhão para fazer os testes. Os maiores índices de carbono e nitrogênio no solo foram encontrados na área com o sistema lavoura-pecuária implementado, apontando que esse tipo de produção é a que mais sequestra carbono, exceto na comparação com a floresta nativa.

Além da área de cerrado nativo e a do sistema integrado, os cientistas avaliaram mais três trechos da fazenda que possuem diferentes históricos de sucessão, além de um outro trecho com sistema de plantio direto em sucessão há 14 anos.

De acordo com Leovânio Barbosa, um dos autores da pesquisa, os resultados são importantes para a região do MATOPIBA, uma das últimas fronteiras agrícolas do país. Segundo ele, o manejo conservacionista precisa ser incrementado em determinadas regiões brasileiras. “Em Mato Grosso, as áreas são mais antigas, têm mais tempo de manejo. Já no Nordeste você consegue ver o reflexo mais rápido da mudança.”


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