ICMBio não tem recursos para pagar o salário de 3 mil funcionários temporários que atuam no combate ao fogo
De meados de maio até novembro, como qualquer morador das áreas mais sensíveis da Amazônia sabe – e sente nos próprios pulmões –, ocorre a temporada das queimadas na região. Enquanto isso, em Brasília, como relata o Estadão, o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Biodiversidade) padece com a falta de recursos para o pagamento de salários de 3 mil funcionários temporários contratados todos os anos exatamente para o combate ao fogo durante o período mais crítico.
O documento obtido pelo repórter André Borges, que detalha a situação, é do próprio Instituto. O alerta partiu da Coordenação-Geral de Finanças e Arrecadação. Pelos cálculos dos técnicos, o ICMBio precisa de R$ 76,7 milhões adicionais para dar conta de pagar os funcionários extras. Sem repasses extraordinários ou de outros órgãos da administração pública, “a conta não fecha”, segundo a análise financeira.
“Não vislumbramos possibilidade de efetivar novas contratações ou prorrogar aquelas atualmente vigentes”, escrevem os autores do relatório, ainda de acordo com o Estadão. Em 2021, outros órgãos, como a Defesa Civil e o IBAMA, aportaram recursos nas contratações temporárias.
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