Crimes ambientais precisam ser enfrentados a partir de uma nova concepção de governança

A complexidade ligada aos crimes ambientais na Amazônia precisa ser cada vez mais considerada tanto nas questões de governança quanto nas operações de investigação policial. Essa leitura é um dos focos da reportagem do Estadão que repercute estudo do Instituto Igarapé, publicado no mês passado.

Até então considerado uma espécie de crime de segunda categoria, os ilícitos ambientais em curso hoje na floresta tanto ultrapassam fronteiras quanto funcionam como a porta de entrada para que criminosos estrangeiros passem a agir no país.

Tais processos que ocorrem tanto pelas cadeias ilícitas do fluxo de ouro quanto por meio da venda ilegal de madeiras valiosas, com frequência baseada na grilagem de terras públicas. Por isso, defendem os autores do trabalho, os desafios de governança, coordenação estratégica e inteligência precisam ser imediatamente enfrentados.

“O desmatamento e a degradação da floresta amazônica comprometem o futuro e o bem-estar das próximas gerações e prejudicam o meio ambiente e a regulação do clima em escala planetária”, disse Ilona Szabó, presidente do Instituto Igarapé.

A dinâmica, sustenta a análise de 369 operações da Polícia Federal realizadas em cinco anos, traz consigo outros crimes além dos ambientais, como fraudes, corrupção e lavagem de dinheiro, além de crimes com aspectos de violência.


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