Mata Atlântica dos estados do Nordeste é uma das mais destruídas do país, apesar de abrigar áreas com espécies endêmicas

O paciente está na UTI, como mostra a grande reportagem sobre a Mata Atlântica do Nordeste publicada pelo ((o))eco. De acordo com o Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica (2019-2020), os estados de Ceará, Alagoas e Rio Grande do Norte aparecem na lista das dez unidades da federação em que a Mata Atlântica mais perdeu áreas no período de abrangência do documento. O que resta da floresta é basicamente formado por pequenos fragmentos com menos de 50 hectares. Ao redor, cana, pastagens e outras culturas.

Como avaliam os especialistas, são locais com alta biodiversidade, ricos em espécies únicas, mas altamente ameaçados. Especial atenção, neste contexto crítico, deve ser dado ao chamado Centro de Endemismo de Pernambuco, mas que na verdade abrange outros estados, todos ao norte do rio São Francisco. Essa área perdeu muito em 30 anos. Hoje, restam apenas 6% das florestas originais.

A esperança vem de vários trabalhos em curso na região funcionando como uma espécie de grito de resistência. Além disso, a Mata Atlântica, pelo menos nas próximas décadas, não deve ser tão afetada pelas mudanças climáticas como outros biomas brasileiros, caso da Amazônia. O que dá ao bioma algum tempo extra para, quem sabe, se regenerar parcialmente.


Este conteúdo pode ser republicado livremente em versão online ou impressa. Por favor, mencione a origem do material. Alertamos, no entanto, que muitas das matérias por nós comentadas têm republicação restrita.

Aqui você encontra notícias e informações sobre estudos e pesquisas relacionados à questão do desmatamento. O conteúdo é produzido pela equipe do Instituto ClimaInfo especialmente para o PlenaMata.

Se você gostou dessa nota, clique aqui e assine a Newsletter PlenaMata para receber o boletim completo diário em seu e-mail.