No Tocantins, PF age para desmontar esquema de extração ilegal de madeira

A destruição florestal dentro da Terra Indígena Xerente, localizada a menos de 100 km da capital Palmas, no Tocantins, é um fenômeno que se arrasta há anos e, cada vez mais, gera muita apreensão entre os moradores do local. “Eu tô muito preocupada como é que nosso futuro vai ficar sem madeira. Tirando um legado do território Xerente. Nosso futuro, como vai ficar sem árvore? Porque vai acabar tudo”, disse Elza Xerente, líder do povo Xerente.

Depois de muitos anos de denúncia, como mostra reportagem do portal g1, a PF resolveu intervir. Na quarta-feira (9/3) houve uma operação especial que prendeu o suspeito de chefiar o esquema de extração ilegal de madeira. O processo também envolve o aliciamento de moradores das próprias aldeias.

A etnia Xerente é uma das maiores do Tocantins e soma aproximadamente 3 mil indígenas espalhados por 90 aldeias. Segundo o coordenador regional da FUNAI, Capitão Osmar Gomes, o órgão desenvolve ações para conscientizar os indígenas a ajudar na preservação ambiental.

“Os indígenas têm que tirar madeira para eles, para usufruto deles. No território Xerente, especificamente, vai faltar porque a geração futura vai precisar dessa madeira para fazer suas casas, suas pontes, currais. Nós não podemos admitir uma situação dessa e também tem a mobilização dos próprios indígenas que querem a conservação da mata”, afirma o representante da FUNAI.


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