Pesquisa feita por cientistas do Reino Unido reforça a tese de que a Amazônia caminha rapidamente para uma transformação desastrosa
A floresta amazônica está perdendo sua capacidade de resiliência mais rápido do que o estimado anteriormente. Ou seja, está perdendo a habilidade que o ecossistema tem de se recuperar após grandes secas, incêndios ou outros tipos de distúrbios.
Como relatado pela revista Piauí, as novas medições feitas por cientistas do Reino Unido mostram que desde os anos 2000, 75% da floresta amazônica apresenta alguma perda de resiliência. A situação é mais grave em áreas com menos chuvas ou mais próximas de zonas urbanas e usadas pela agricultura.
Com o ritmo de desmatamento atual, uma Amazônia muito mais seca e pobre em termos de biodiversidade será uma grande realidade em 30 a 50 anos. As previsões indicam que até 70% do bioma poderá estar degradado. Consequência?
Além de um potencial enorme em termos de biodiversidade e serviços ambientais para as Comunidades Tradicionais terem ido para o espaço, a grande produção de chuva que a floresta realiza hoje para o restante do continente será desligada.
O agronegócio das outras regiões do país, principalmente do Centro-Oeste, sofrerá estresse hídrico. O mesmo vale para os recursos hídricos usados para o abastecimento da população e geração hidrelétrica. O sinal de alerta que havia sido dado por pesquisadores brasileiros nos anos 1990, como o climatologista Carlos Nobre, agora, passa a soar com ainda mais força.
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