Novo presidente do Brasil corre o risco de perder de vez o controle da Amazônia

Se o Estado brasileiro cedeu o domínio de muitos morros e periferias das cidades para traficantes e milícias, não é impossível vislumbrar o mesmo processo ocorrendo em território amazônico, segundo o colunista Marcelo Leite, da Folha. Para o jornalista, enquanto Bolsonaro e os militares fantasiavam um inimigo externo que pudesse ameaçar a soberania nacional, na verdade, o fogo amigo parece estar muito mais presente e ser muito mais perigoso.

“Fazendeiros gostam de posar de vigilantes e caçadores, álibi para acumular armas de fogo. E se acostumaram ao vale-tudo fundiário e ambiental fomentado pelo presidente que enverga gravata com fuzis e seu comparsa Ricardo “Boiada” Salles”, escreve Leite.

Diante desse cenário, qualquer que seja o presidente escolhido pelo povo (com exceção do atual) terá de retomar o estado de direito em quase metade do Brasil. Afinal, não se pode compactuar, para o bem comum, com garimpeiros invadindo Terras Indígenas, enlameando o Tapajós ou incendiando helicópteros da PF.


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