Agência Pública revela como general da reserva atuou para destravar os negócios de grupo de mineração canandese
É totalmente público o interesse do governo Bolsonaro em estimular projetos de mineração classificados por sua equipe como estratégicos para o Brasil. O problema é, como revela reportagem da Agência Pública publicada pelo UOL, a ocorrência de encontros fora da agenda entre representantes do executivo com grandes grupos internacionais, como o caso do banco canandense Forbes & Manhattan, dono de grandes mineradoras, entre elas a Belo Sun.
Neste caso específico, os projetos do grupo canandense estavam travados em Brasília, principalmente em órgãos ambientais, de defesa das Terras Indígenas e de Comunidades Tradicionais da floresta, há anos. Quando entrou em ação um general de brigada do Exército que passou a atuar junto à cúpula do governo, em Brasília, de forma muitas vezes anônima. Ou seja, sem encontros com registros oficiais.
A partir disso, tanto a Belo Sun quanto a Potássio do Brasil, associadas ao banco canadense, começaram a ter seus projetos tratados com outros olhos em Brasília.
Se governos anteriores investiram em grandes usinas hidrelétricas na região que até hoje causam impactos sociais e ambientais em cidades como Altamira, os próximos anos poderão ser de grandes projetos de mineração, caso o grupo de Bolsonaro se mantenha no poder.
O projeto da Belo Sun para o Pará, inclusive, atinge a mesma região onde foi instalada a Usina de Belo Monte. É na volta Grande do Xingu que o grupo estrangeiro pretende construir a maior mina de ouro a céu aberto do mundo. Para isso, uma barragem de rejeitos maior do que a construída pela Vale em Mariana terá que ser feita no meio da Amazônia.
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