Destruição da Amazônia em 2021 foi 29% maior do que no ano anterior

Os recordes históricos de desmatamento na Amazônia põem definitivamente em xeque o discurso de “protetor de florestas” adotado pelo ministro Joaquim Leite durante a COP26, em Glasgow. Os dados apresentados pelo Imazon no início da semana (17/1) são estarrecedores. Uma área equivalente à metade do estado do Sergipe – 10.362 km2 – de mata nativa sucumbiu às chamas entre janeiro a dezembro de 2021, de acordo com o consolidado do ano passado, representando um aumento de 29% na comparação com 2020, que já tinha sido um desastre. Naquele ano, 8.096 km2 de floresta amazônica haviam sido devastados, o que já registrava o pior resultado desde 2012. Os dados foram amplamente divulgados na imprensa. Segundo a DW, com base nos dados do Imazon, quase metade da destruição registrada pelas imagens de satélite ocorreu em florestas públicas federais, ou seja, ocorreram de forma ilegal. Os cruzamentos de banco de dados feitos pelos pesquisadores mostraram que 4.915 km2 de floresta cortada estavam dentro de territórios federais.

Em termos estaduais, o Pará manteve a primeira colocação no ranking dos que mais desmataram, com 4.037 km2  de mata nativa desmatada. Dos nove estados que fazem parte da Amazônia Legal, apenas o Amapá não teve aumento no desmatamento na comparação entre 2020 e 2021.


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