Em se tratando de Mata Atlântica, proteção do bioma por meio de ações privadas é considerada fundamental pelos especialistas

As chamadas RPPNs (Reserva Particular do Patrimônio Natural) desde 2000 passaram a ser uma categoria do Sistema Nacional de Unidades da Conservação, como informa Márcia Hirota, diretora executiva da Fundação SOS Mata Atlântica. Desde então, esse tipo de iniciativa, resultado de um ato voluntário para preservar determinada floresta e biodiversidade do local, não para de ganhar espaço no cenário nacional.

No Brasil, são mais de 1.733 reservas que protegem mais de 810 mil hectares. Na Mata Atlântica se concentra o maior número, são 1.268 no total, que protegem 236 mil hectares. Pouco mais da metade, cerca de 125 mil hectares, estão distribuídos por 350 reservas criadas ou financiadas por empresas ou instituições do 3º setor, segundo dados da Confederação Nacional de RPPN. Ou seja, as reservas corporativas, mesmo em menor número, acabam por abranger mais da metade das áreas protegidas por RPPN dentro da Mata Atlântica.

E como grande parte do restante da floresta atlântica está dentro de propriedades privadas, exemplos como do empresário Roberto Klabin, segundo Márcia, precisam ser divulgados. Depois de criar uma RPPN em 2004 no Pantanal em homenagem à mãe, Dona Aracy, agora chegou a vez do ambientalista lembrar o pai. A futura RPPN Samuel Klabin será criada em Imbaú, na Mata Atlântica do Paraná.


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