Dados levantados pelo Greenpeace mostram corte raso em propriedade de São Félix do Xingu

É um exemplo clássico de como ocorre a indução da destruição da Amazônia. Levantamento a partir de imagens de satélite feita pela ONG Greenpeace mostra corte raso de mata, pelo menos desde 2008, na fazenda Bom Jardim, em São Félix do Xingu. A propriedade está na lista de declaração de bens de João Cleber, prefeito da cidade, eleito em 2020 no primeiro turno.

A fazenda, sem autorização para desmate, está em uma floresta pública não destinada na Amazônia. A área tem multas e embargos feitos pelo IBAMA. Como é praxe na região, os proprietários tentam avançar sobre terras públicas para, depois, pleitear algum direito legal sobre elas. Este processo de grilagem poderá ser incentivado, inclusive, pela aprovação dos PLs 510/21 e 2159/21 em tramitação em Brasília.

O prefeito de São Félix do Xingu, segundo a Folha, nega qualquer irregularidade e diz que o desmatamento pode ter sido causado por indígenas que vivem ao lado da fazenda. A Fazenda Bom Jardim faz parte da cadeia de produção da JBS, ainda que não seja fornecedora direta.


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