Cruzamento entre dados do desmatamento e autuações do IBAMA revelam duas curvas bastante distintas

O sinal invertido é claro. Quando os índices de desmatamento estão em alta, como ocorre desde 2019 na Amazônia, o número de autuações realizadas pelo IBAMA está em baixa. Os dados gerados pelo Observatório do Clima sobre estes dois processos foram contextualizados pelo G1.

No passado, as ações de fiscalização do governo já se mostraram bastante eficientes para tentar brecar a derrubada desenfreada de árvores da maior floresta tropical do planeta. Entre 2014 e 2012, por exemplo, quando a taxa anual de desmate amazônico caiu de 27 mil km2 para 4,5 mil km2, a fiscalização in loco de crimes ambientais foi uma das bases do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal.

A especialista-sênior em Política Públicas do Observatório do Clima, Suely Araujo, reforça a importância histórica que órgãos como o IBAMA têm na preservação ambiental não apenas da Amazônia. “O IBAMA tem uma participação grande historicamente no combate ao desmatamento na Amazônia Legal. Sempre foi uma área prioritária de atuação. O IBAMA atua na fiscalização do país inteiro, e não só do desmatamento, mas também de outros ilícitos. Em muitos anos, ele é o principal órgão. Quando o IBAMA não está atuando bem, o desmatamento sobe”, explica Araujo.


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