Climatologista Carlos Nobre diz que a parte do financiamento para ações contra o aquecimento global ainda apresenta iniciativas nebulosas
Desde a Eco-92 o tema do financiamento por parte dos países ricos para ações efetivas contra o aquecimento global e a proteção da biodiversidade está sobre a mesa. Mas, como lembra o climatologista Carlos Nobre em entrevista ao Estadão, os valores realmente investidos até hoje são muito ínfimos.
“Os países ricos até hoje pouco colaboraram. Palavras genéricas existem em todos os documentos das COPs, mas isso nunca se refletiu em ações efetivas”, afirmou o pesquisador do INPE.
Sobre a COP26, Nobre avalia como positiva a participação das lideranças indígenas, não apenas do Brasil como de várias partes do mundo. Segundo ele, neste quesito, o Brasil teve uma participação simbolicamente fantástica, com o discurso da indígena Txai Suruí. “Isso está tendo uma repercussão mundial e eleva a confiança que o povo brasileiro pode ter em agendas de sustentabilidade. Essa foi a COP com a maior participação de lideranças indígenas de todo o planeta, que colocou no documento final vários parágrafos de proteção dos povos indígenas, de valorização do conhecimento tradicional.”
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