Embaixador afirma que o Brasil resolveu corrigir rumos de sua política ambiental

Em entrevista à BBC Brasil, o embaixador Paulino Franco de Carvalho Neto afirmou que antes da COP26 o governo internamente fez uma “reflexão cuidadosa” sobre a questão ambiental. “Chegamos à conclusão de que deveríamos nos engajar mais”, segundo Carvalho Neto, secretário de Assuntos Políticos Multilaterais e responsável por chefiar as negociações do Brasil na COP26.

Um dos desafios reconhecidos pelo governo brasileiro é o do enfrentamento do desmatamento ilegal. Neste contexto, segundo Carvalho Neto, não há discussão sobre os números do desmatamento da Amazônia. Em 2020, os dados mostram o maior resultado em 12 anos. “Houve realmente disso. O que nós queremos fazer agora é corrigir isso.” Aumentar os recursos para proteger a floresta, sejam nacionais ou internacionais, é algo com que o governo já trabalha, segundo o negociador brasileiro.

De acordo com o diplomata, no início do ano que vem, será apresentado um projeto de lei com uma nova política de mudança do clima. O documento vai detalhar, por exemplo, como o Brasil pretende reduzir as emissões em 50% até 2030. Marca que será apresentada ao mundo em uma nova NDC, que ainda será submetida pelo governo.

Jamil Chade, no UOL, conta um pouco dos bastidores das discussões entre o governo Bolsonaro e o Itamaraty para apresentar uma imagem mais branda em Glasgow. Os negociadores usaram o argumento do prejuízo às exportações brasileiras caso o governo continuasse a bancar o rebelde na sala de aula.


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